terça-feira, 22 de março de 2011

Em lascívia

Entre quatro paredes
Aprovamos e nos provamos toda improvável cena
Mesclamos a pele que no lençol se mistura
Unimos bocas e perdemos pernas
Que entrelaçam as mais devassas acrobacias.
E nesse desembaraço, figuram amassos
Perco-me em libertinagens
Sou outra, vivo a luxúria
Que por ora é pura... pudica
No entanto,hoje, sem pudores,  permito-me a travessuras
De cama, de colo, de corpo
De chão, de imaginação
Devanear... Devanear...
Assim estou eu, nesse misto de Coisas Boas
Na ânsia de outra vez, em você me encontrar!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Laço-presente

Envolvida num infinito verde
Permito-me aos sons mais calmos
Em que a gota de orvalho faz-se entendida
Respiro o distante e o novo

Certamente sinto-me mais próxima de Deus
Por meio de uma natureza em excelência,
Compreendo Sua força e proteção
Preencho o que poderia ser vazio

É o recomeço...
Aproveito o novo contexto
Não importa o que passou, muito menos o que virá
Desato, vagarosamente e confiante, cada laço
É a caixa tempo-presente que aqui está
Que eu viva e  anule os medos
Novas surpresas: preciso acreditar!!!

terça-feira, 15 de março de 2011

Rascunhos de um poeta

São várias as moedas que joguei no mar de minha sorte
Cada momento do ritual cheio de boas intenções
Diz aí o homem de fora
Que disso, o inferno tá cheio...

E meu coração sensível a dor e a alegria
Vê cada proeza com pouca vaidade
Nada astuto, maldito insulto
Bendito é só o próprio querer

Versos soltos e insossos curvam sem rumo certo
Nem tem muito a dizer,
Esbanjam o pouco homem que sabe ser
Nada quer...nem sabe perder

Confundo vozes
Teço linhas que ora torcem...ora maldizem
E ainda encontro gozo na rima inutilizada
Que assombra a longa estrada...