terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Colecionador

A vida em sua infindável beleza
Dá-nos incríveis oportunidades colecionáveis...
Juntamos coisas ...amontoamos fatos...
Que remetem aos nossos sentimentos mais caros

Na rua
Colecionamos olhares, passos apressados
Audíveis que nos aceleram
Incompreendidos gestos
Pequenas e sutis gentilezas

Em casa
Colecionamos o conforto
A harmonia que abraça,
Um canto que nos entende
Um doce olhar que nos enfeite

No trabalho
Colecionamos a necessária convivência
Aprendemos a paciência
Aceitamos as diferenças
Doamo-nos às tarefas
Que nem sempre compensa

No amor
Colecionamos o bem estar
As músicas, as poesias, as companhias
As ilusões, as pequenas prisões
O amargor da solidão
A luz da nostalgia
A inquietação da fantasia
O doar-se por amor e alegria

E na vida
O colecionador a posto do que é,
Envolto ao que quer...
Não se propõe às meras exposições
Sua meta é continuar
A incessante busca
Haverá sempre algo a completar...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

justificando...

Posto aqui as coisas que escrevo do mais ínfimo de mim...Hoje eu li tudo...desde o primeiro dia que comecei a postar e a minha exigente avaliação corrige-me...afinal de contas...aqui não é o meu depósito de escritos...mas as minhas memoráveis reflexões acerca das descobertas que faço sobre o que sinto...sendo assim...pretendo me policiar mais no que tange aos objetivos...não que eu vá deixar de escrever...mas pretendo postar o que meu coração realmente se agradar....
desculpe-me o Mario Quintana...afinal de contas, de acordo com as suas colocações, quando queremos interpretar um poema...deixamos de tê-lo...mas ando lendo muita coisa boa...que está exigindo de mim bagagem teórica haja vista que a sentimental/emocional  está bem pesada! rs 

Medo incerto

Tenho medo de o seu medo te afastar de mim
É receio incessante
Que te faz às vezes distante
E às vezes aqui.

Eu gosto do que és por perto,
Refugiando os ardis anseios
Alimentando os calorosos desejos
Curando-nos a fria dor

Assusta-me o de repente da necessária despedida
Que me deixa em desatino na hora da partida
O coração em exílio: corre... sangra...grita...se agita
Apavora a sonhada alegria
Que, em incessante luta, não se abomina
Por assim,tão somente, te querer !

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

uma música que eu ainda nem ouvi...amei essa letra!!!!!

Artista: Vanessa Da Mata


Titulo da Música :

Meu Bem



Letra:



Eu sei meu bem

O que você faz pra mim, é só pro bem.

Sua face não me nega nada

Seus olhos vêem até minha alma.



O suspense quando você chega

Meus dentes rangem com toda sua beleza.

O meu amor não tem validade

Ele é forte e firme, e dura uma eternidade.



Nossos corpos se entrelaçam

Como o entrelaço dos dedos

Sua boca fumegante

Me deixa sem respirar por uns instantes.



O seu cheiro delicado

Quando você anda de lado e lado.

O seu cheiro fica grudado

Dentro dos meus pulmões



Deixa eu lhe abraçar bem forte

Ai você verá como sou forte

Não durmo, não sumo, disfarço que fumo.

Se você me contar uma historia, acho que durmo.



Separe as roupas que eu comprei

Anote os recados que eu te mandei

Compare as idéias, planeje viagens.

Eu vou sumir do mundo, com você na bagagem.

Entregue a deriva

Eu escrevo para aliviar a proporção do que vai aqui dentro
É pra desafogar o afogado
Meu barco está a deriva nesse mar de meu Deus
Na infinita busca do brilho dos olhos teus

Não percebeste ainda essa vã filosofia?
Eu te busco...
Eu me perco...
No exalar da maresia
Está entregue,
Por mais que eu me negue
E que você se envaideça
O farol? Esse nem mais me guia
E eu fico sem você mais um dia...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Doce insônia

Eu me remexo na cama em busca de paz
Meu corpo não encontra a calmaria,
Exigida para o descanso desse dia
A cabeça viaja distante...
Talvez o sono fosse importante...

Onde está o doce do seu gosto,
Além de aqui na minha boca,
Que tem sede de reviver esse gostoso prazer?
Aguçou instintivamente o paladar
Quero de novo ao teu lado
Mergulhar nesse pecado

Se o sono assim viesse
Esse desejo que aqui apetece
Ao menos adormeceria
E no surreal eu acordaria
Pra gente se perder...

sábado, 11 de setembro de 2010

Findam-se os versos

Não sinto mais segurança pra escrever
As palavras já não me completam
Os versos não se conectam
Ao que eu sinto,ao que eu quero

O teclado parece infinito
As letras não silabam o meu instinto
Não tenho dom para mensurar a emoção
Aos versos do meu coração

Pausa...findam-se as linhas
A fim de repensar a minha insegurança
No ato de escrever o que hoje me cansa!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amor "incom-respondido"

Eu te amo de uma maneira tão diferente
Que nem nas linhas desses versos
Minha criatividade será capaz de decifrar
Nem mesmo o meu olhar é capaz de revelar

Aceito a disciplina dessa emoção
Já entendi que não sou a sua canção
Não é um sofrer...mas eu tenho cada dia um maior querer
Impossível de aqui dentro conter

Minha respiração corre em fina sintonia
Minha voz emite a doce alegria
Há palpitações...desejos...vontades...
E incontrolável saudade...

Que a música que toca agora
Repare-me o semblante ao visualizar esse luar
E que eu possa torcer por você
Mesmo querendo muito te amar...

Meu castelo ruiu

Desde pequenina eu pensava em casamento
Ter filhos,amar, ser amada e ser feliz com um companheiro
Ter uma casa com quintal bem grande para poder brincar
E uma sala aconchegante para a família conversar

Cresci sem muitos modelos alegres
Mas tinha na minha cabeça um sonho a conquistar
Só não queria ser como a maioria das mulheres
Que enganava seus corações, deixando a vida as levar

Entreguei-me de coração, dedicando em uma relação
O que eu tinha de mais puro e sincero
De pensar que um dia juramos amor eterno.
Enredados em uma vida, que eu chamava de castelo

Perguntei-me por pouco tempo o que houvera
Afinal de contas, ninguém é o que se espera
Mas quem não contribuiu com o Amor
Construiu muralhas de dor

E que seja eterno enquanto dure
Nunca gostei desse pensamento
Que eu ouvi como consolo
Em momentos de tormento

Depois dos muros pintados com a cor da harmonia
Eu tenho esperança nos novos dias
Juntando o que sobrou...repensando quem eu sou
E pedindo mais amor para todas as famílias.
E que eu viva a alegria!

Philia

Acredito assim...sonho dessa eloqüente maneira

Na tradução do amor-viver

Amor-aprender

Amor-querer

Amor-adular

Amor-retribuir

Amor-você!!

Amizade???

O que eu tenho que aprender?
Eis a minha pergunta...
Eu sei...já prometi não mais questionar
A tal da malícia...não adianta...não consigo assim encarar...

Ninguém é igual a ninguém
Isso eu já entendi...
Ainda não aceito alguns conceitos...
Eu sei que nem todo mundo sabe direito...

Aceitar como são...
Não é o problema...
Mas se é amiga minha porque deseja o pouco que sou?
Aí está o meu dilema...

Talvez expressá-lo nem venha a valer a pena...
Como aceitar que não posso conversar com você
Dividir as minhas alegrias...
Por medo de infelizes energias...
Que eu não acredito que venham de você!




A simplicidade de escrever

Quem escreve muitas vezes se perde
Sente uma forte necessidade de escrever
E... escreve ... escreve sempre a verdade
Hipocrisia nos versos nem é maldade...

Veste-se de lirismos... cria...fomenta neologismos
Abre o coração, às vezes esmerilhado de emoção
um pouquinho de tristeza
que enriquece os versos de pureza
e ainda, pensa em compor canção!


Armadilha furada

Vou criar uma armadilha para esse meu jeito de olhar
Quando me faz acreditar que todos me querem bem
Vou tomar essa poção que vai me tirar a emoção
Vou ficar mais esperta!

Amigos... amigos ...amigos...
Todos se dizem assim
Vai...saia de perto de mim
Você não ri com a minha alegria
Gosta mesmo é da minha agonia...
Por bem ou por mal
Eu vou me cuidar melhor
Nessa armadilha criada
Vou ficar afiada...

Não vou me envenenar com o seu fingimento
Transparência eu tenho
E... por Deus!!! Eis o meu lamento...
Você perceberá sempre o meu tormento!!!

Ser Humana

Emotiva...descabida...prepotente...imponente
Alegria... boemia... sonhadora... encantadora
Eis que cito algumas características que personificam
A tal humana...

A mim já foi dito em coro
Por pessoas diferentes
O que me falta é malícia pra entender:
Na relação com outro ser, há sim a falsidade...
Faz-se preciso a artificialidade
E eu posso gostar de ver o outro sofrer...
É complicado aceitar
Ainda mais pensar... que a minha dor pode ser a sua paz...
No meu mundo dito por você “fantasioso”
Não entra isso não
Há razão e emoção... E com o tempo aceitação...

As pessoas que aqui chegam
Recebem o que eu acredito...
Amor, carinho, respeito...
Vem, chega mais perto que eu te aceito
É assim que eu sinto...

domingo, 5 de setembro de 2010

Possibilidade

O que pensar dessa vida em um mundo de possibilidades?
É possível que seja... Certeza, incerteza...busca da maturidade
Não há como impedir-me das novas chances
Quando uma já me foi dada...

Seria ver-te como algo transitório
Não considerando a beleza da sintonia.
É passível de erro a sua consideração,
Um devaneio do ego à razão

Não te proíbo de assim ver a realidade,
Que eu materializo em alegorias de contos de fada.
Que me trazem o gosto do impossível
Que me alimentam a alma, acendendo a chama do imprevisível

É assim... Impossível de se esconder
Nos versos escritos aqui, o meu querer
Só não me negues o impetuoso ritmo dessa verdade
Mesmo por não se considerar minha doce possibilidade!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Além das preliminares

No seu toque eu sinto as mais famigeradas fantasias

Umedeço-me e ligeiramente me prostro diante de ti

Ligeiramente com a boca mais próxima...

Ofegante... Aproveito o seu gosto

Com a  língua em incansável movimento...



Com o olhar... Peço-te que me dispas...

Com os dentes, arranque as peças menores...

Envolvendo-me com suas mãos

Que percorrem meu corpo que exala prazer



Em delírio nos enrolamos

Desencontrando as nossas próprias pernas

Que se perdem nas posturas mais sacanas

Na busca do êxtase total...

Os bicos dos meus seios denunciam minha intenção

Sua boca se entrega a eles

Indo com a  língua às mãos...



A respiração está ofegante...

E os gemidos confessam a nossa ebulição

Você goza...eu gozo...gozamos

Na  insaciável  atração...

Quebra cabeça das relações

Encontrei um jogo infindável e sem respostas
Sem manual instruindo como jogar
Não explica ainda, os passos pra se perder ou se ganhar
Dos adversários... Quem são eles?
Se não o meu próprio eu, conflitante a ansiar.

As peças vão se encaixando...
Conforme os anos, vou experienciando...
Na contribuição de cada um
O elo vai criando...

A amizade é um amor que nunca morre...
Assim li outro dia nos versos de um poeta brasileiro...
Paradoxal tentar definir sentimento de tal grandeza
Certamente seria anular a sua beleza

Por isso vou ficando aqui...
Refletindo a minha contribuição nessa relação
Tão intrínseca e fugaz

A meu ver, no fundo... No fundo...
Até cresci o suficiente...
Para compreender que nem sempre
A reciprocidade será o que se espera!

Segredo

Vou te amar bem quietinha
Pois tenho medo que se ausente...
Meu sentimento é tão puro...
Como ver no céu as estrelas cadentes...
Não me habituo às metáforas...
Na minha linguagem tão simples de dizer
No meu erro tão caro de rimar...
Estou registrando em versos
O que eu tento segredar...

Brigo comigo toda hora...
Só porque eu sinto
O que eu não posso falar...
Acho estranho... Às vezes triste
Tudo bem... Não vou revelar...
O que você já sabe...
E que nem se atreve a conversar!


Você, meu refrão


A gente foi se aproximando...
A química rolou...
Os corpos se encontraram...as bocas se beijaram...
Então...tudo mudou...


Compreendo como você vê...
Entendo o que você sente...
Não me sinto culpada...
Foi de repente...
De um coração tão ausente...
Hoje eu estou melhor como sou...


Quando você está por perto
É mais do que amigo...de certo
Como é essencial na canção,
Enfatiza a intenção,

Você, meu refrão...
Você, meu refrão
Não dá para segurar a paixão


Despertou meu repertório...
Não importa se eu choro...
No seu colo,o remédio
Sem rotina...anula o tédio


É você que eu tanto quero...
Não te tenho, mas te espero
Você, meu refrão
Você, meu refrão
Não te preocupes...estou vivendo
Mesmo sem teu coração.

Colorida espera

Foi tudo tão diferente
Um começo
De repente...
Eu me vi no seu olhar...
Senti seu cheiro a me guiar...
Fugi de mim...do que sentia...


Varri meus medos e minhas tolices...
Em seu peito repousei o meu pesar
Senti-me mais forte e voltei a sonhar...


Foi mais...
Muito mais...
O meu amigo que me coloriu...
Toda a dor partiu,
Voltei a pensar em mim
E em quem eu sou quando estás aqui...

E nessa espera  colorida
O vai-e-vem das ondas que não finda...
Anuncia mais um dia:
Amanhaceu... Amanheceu...

 E nesse céu azul, mais uma oportunidade...
Você e eu!






Escolhas

Todas as nossas escolhas têm um único objetivo...
Quando decidimos um novo passo
Só não queremos mais sofrer
Quem gosta de chorar?

A minha opção era buscar a paz
Da independência...
Da minha valorização de idéias e opiniões
Sem medo, dormir e acordar
Sem hora
Sem nada para explicar...

Aí veio o dito destino... tão complexo
Desnudou o meu coração,
Que desavergonhado e sem nexo
Apaixonou-se...

Não era a hora ainda...
Não foi escolha minha...
A razão pede que eu tenha cautela
Mas o coração ansioso exaspera...

E escolher... Deixou-me uma única direção
Conviver com essa triste solidão...
Logo me convenço:
Escolhas não rimam com o não!