segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O antônimo no Amor de Cecília

Antonomicamente Cecília...
O Amor
É fácil para os decididos
É desafiador para os corajosos
É pouco para os desconfiados
Logo... na fria certeza, os perdedores no Amor são os fracos
Os que não sabem o que não querem e não querem nem o que tem
Sonhar um sonho sozinho
E desistir da busca de ser feliz...
O triste que me faz triste
 É que muitos o preferem assim!!!

domingo, 24 de outubro de 2010

Lágrimas

Seu semblante recolhido em lágrimas
Expressam a dor e o sofrimento
Representando a jornada da vida
Na qual há tristezas em alguns momentos...

Que a lágrima da sua dor
Termine ao amanhecer
Que a lágrima da sua dor
Apenas te ensine a crescer

Quero dividir a lágrima perdida
Enfrentar contigo ante a partida
Lagrimemo-nos na fria madrugada
A fim de que eu possa secá-las
Rumo a nova morada! 

sábado, 23 de outubro de 2010

Lua Cheia

Disco Lunar iluminado
Responda-me se daqui da Terra
A tua luz além de cobrir a noite
Pode o meu peito consolar?

É na tua chegada
Que as noites ficam mais belas
Deixa os corações descompassados
À luz dos olhos enamorados.

Fico em meio a essa contemplação
Que me põe a declamar:
Lua, há em suas fases muita canção
E quando assim está
Lembra-me que a solidão é triste
E com ela não posso ficar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Autorretrato : Mulher

No vago silencioso de onde me faço 
Interpelo-me apenas para meditar
Quem é essa mulher
Que desde a eloqüente infância se punha a cantar?

Nas brincadeiras infantis
Teimava em não aceitar
Não é porque sou uma menina
Que de mamãe nessa historinha
Outra vez vou brincar...

A metamorfose da borboleta
Descreveram fielmente a doce adolescência
Banhada por lágrimas de euforia
Com  gosto de poesia

 A cólica sempre tão incompreendida
Denunciavam  as oscilações de humor
Ora tão doce....tão meiga
Ora a mais brava...cinza sua cor

Guarda em seu coração uma poção de pueris sentimentos
Que às vezes denotam belas sensações
Às vezes a dor e o lamento
Seja qual for o sentimento
Doce é não remeter ao arrependimento.

Ao completar as linhas dessa poesia
Na incessante tentativa do autorretrato
 Cito os órgãos que impulsionam esse ser:
Útero que gera ,coração que ama
Etérea mulher não há o que temer!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Castelo de sonhos

Assim que a lua chegar e o dia  findar
Buscarei me aquecer em silêncio
Farei do meu ego um amigo
Farei do meu leito um abrigo

Quero trompetes para anunciar sua partida
Vou festejar..vou me enganar
Castelo de sonhos..um guia...faça figa
Você vai me notar?


Aqui um dia hei de te encontrar
Sapatinhos não me cabem...não adianta calçar

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sonho de criança

Que a luz da criança brilhe em nossos corações
No dia de hoje e em todos os outros...
Que a sua inocência
Faça-me compreender as atitudes menos felizes
Tanto as minhas, quanto a dos outros.
Que as suas perguntas
Acordem em mim as curiosidades das maravilhas da vida!
Que a sua verdade
Reflita em mim a necessária coragem de não mentir a ninguém,
Nem a mim mesmo...
Mesmo que esse esconderijo signifique menos sofrimento.
Que a sua alegria
Sirva-me de exemplo nos momentos de provação
E ainda nas horas mais corriqueiras, muitas vezes tão singelas à felicidade.
Que a sua brincadeira
Recorde-me os afazeres do meu trabalho
A fim de que eu possa executá-los não à luz do faz de conta,
Mas na graça da sua verdade.
Que meu sono, minha fome, meu frio, minha saúde, meus medos
Possam ser guardados pelo Divino Protetor.
E ainda nesses lampejos de desejo,
 Que essa criança que há em mim tenha sempre espaço
Para que meu amor seja livre
Meu abraço seja sincero
Meu sorriso eterno...
 

Meditação

Pouca luz exterior, musculatura livre
respiração trânquila
suave perfume da manhã
audição concentrada
pensamentos silenciosos

À sombra de mim
encontro apenas as respostas
às perguntas que ainda não fiz
Em dúvida prossigo
na busca do equilíbrio.

Canso-me das frases feitas
que em momentos acalmam.
Quero, espero...projeto
abro todo o espaço
a fim de me encontrar...
Namastê...Namastê

Despeço-me

Preciso chorar o fim
Desprender-me dessas amarras
Dar curso a essas àguas
Que eu juro: não são mágoas

Passou...tinha que passar
O sentimento que sobrou
Não completa...não faz falta
Só não é mais a pauta

O perdão chegou em meu coração
Mas a estrada ainda corre em obstáculos
Quero alguém que me segure a mão

Aceito o que me é necessário nessa viagem
Abro o meu coração...fico de braços estendidos
Instigo, crio, busco...meu abrigo...minha passagem

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cotidiano

Atravesso a rua e me deparo com as rotinas
Mais um dia em meio aos afazeres práxis
Será que eu executo as tarefas
Que eu realmente quis?

Envolvo-me da maneira mais sensata
Na qual a emoção me é fiel
E eu sei que apenas com ela, me posiciono
E ainda na qual a eficácia pouco importa

O expediente finda as minhas conveniências
Busco o sincero repouso laranjar
Que as vezes não dá conta de equilibrar
As dores...o pesar

É noite... e sei que quando busco
Degusto de momentos de extrema alegria
Nas doces tardes do meu dia
As águas, agora, escorrem pelo meu corpo
E no ralo encerram as primatas sensações.

sábado, 2 de outubro de 2010

Triste solidão

É amargo o gosto de estar sozinha
Não ter alguém para combinar
o cardápio do jantar
Alguém para agradar-te
em elogios
após você se arrumar.

É muito doloroso
ouvir a canção
cantando-a em pensamento
pois ouvir a própria voz
inibe o refrão
aumenta o tormento.

O barulho da chuva no telhado
não me sereniza
Na cama, de um lado para o outro
meu choro agoniza.

Ficam marcados nesses versos
a dor da solidão
escritos na fria madrugada
enquanto buscava aceitação.

Não sei

Hoje eu vivo a nostalgia

Na busca do amor ideal
Ao menos já sei
Que não existe a tal da metade
Ouvi dizer
Que precisamos estar inteiros
A fim de que alguém nos complemente.

Piegas ou contraditório
Não sei...não sei dizer
Como posso compreender
Ou externar o que sinto
Se tentam negar o doce extinto,
Travando o conflito?