domingo, 30 de janeiro de 2011

Amo a um poeta
Que involuntariamente,
Na medida da lágrima que cai
Me conquistou.

Nada prometeu,
Mas poetizou a doçura
Onde, um dia
 Candura faltou

Segues com teu medo, amado Poeta
Não canonizareis suas dores de amor
Pois entendo que não aceitas
Novas possibilidades
Por único e amargo temor!!!

De repente

De repente você entende
De repente você espera,
Imunizando  as ansiedades
Respeitando as vontades.

De repente dá asas a esperança
De repente nada quer em troca
Proibindo-te de chorar
Forte pra quando voltar

De repente
Esse que não anuncia
Mas em algum momento acontece
Esse é o Amor
Que aprendi a vibrar

O que faz minhas atitudes novas
 E ... de repente
Necessárias...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Silêncio


Eu to lutando para não fazer perguntas
Que soem as fatídicas cobranças
Que prometi a mim
Nunca mais fazer

Deixo tudo assim
Como um final de canção
Em que eu fico com a letra zunindo os ouvidos
Lembrando a dança e o tom

Silêncios.. . que soam silêncios
Nada se  diz...se toca... se olha
Distante...sem ecos
Opaco...sem papo
Indicando a  mudez do  querer

Ao Pôr do sol

Oh!Pôr do Sol
O que anunciaste?
Pergunto a tua luz que finda
O perfume da tarde que aquece
E assim o claro termina

Testemunhais ao corpo celeste
Astro Rei Maior.
O beijo demorado
O casal de braço dado
A criança na roda a cantar

Atrevida, venho aqui lhe pedir:
Partilha o meu deslumbramento
Leve ao meu amado essa energia
Presenteado-lhe o encantamento.

Livre para sentir

Anseio a possibilidade de ser livre
De permitir-me a leveza das asas
Ante ao vôo sublime
Em busca dos meus coloridos sonhos

Proponho-me a irreverência das coisas
A suavidade das amarguras
A beleza dos olhos
A inspiração da vida

Fujo de todo e qualquer confinamento
Que corrompa a alma
Proíba o coração
De viver o doce dos sentimentos

Assim se é livre
Destemidos de amar e sofrer
E nessa perspectiva 
Eu hei de viver!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Olhos de Ressaca

Sozinha diante da imensidão
Perturbo todos os meus sentidos
Com o pensamento que insiste em me matar por dentro

Disfarço a lágrima amarga,
Minto comoção ao lado de ninguém,
Esse alguém inventado
Que seca as minhas dores.

Infindável cólera me acomete
Por ainda sim bancar a boazinha
Oh! Olhos meus, provoquem a tal ressaca
Tal qual a desse mar quando se revolta!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Indagações ao Cupido

Cupido recebeste tal incumbência
Onde está a sua decência?
Não vê a mulher que chora?
Não vê o homem que sofre?

Diante de tamanhas interrogações
Quero lembrar-te:
És um menino alado de posse de um arco e flecha
Diz  encarnar o amor e a paixão
Porém sempre erra  a  seta!

Sinto em seu olhar a malicia
Diante das possíveis combinações
Sua tarefa não é de criança
Tal qual Narizinho em suas reinações

Acorde o meu Amor
És minha única esperança
Não seja tão descuidado
Pois eu vejo que no Amor
As coisas estão dando tudo errado

Parece mais a Quadrilha de Drummond!
Não, não isso não é bom
Se o amor não é correspondido
De que adianta as suas flechadas?
Responda-me Cupido