sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O adeus

O verso mal terminado...
Não rima com a nova linha
Da doce poesia
Que eu hei de declamar
Quando aquela porta se fechar
E você for embora
Dizendo: não vou mais voltar

Proibido

Eu quero o que não me pertence
Eu quero o que não se deixa querer
A mão adulta acena com o dedo
O quanto o não me faz doer

Não mexa!
Não pegue!
Não é teu!
Ouvi isso quando criança
Quando tentava  assim transgredir   

Nada mudou...
A voz apenas não soa dos meus pais
Mas de bocas que castigam a minha paz
A voz soa
A voz condena
A voz assombra

Que seja proibido o meu desejo...
Transgrido...
Meus ouvidos se fecham a ordem do imperador
Quando criança eu era punida com castigos
E hoje com a falta do teu amor!

À Separada

Irônico pensar no casamento feliz para sempre
Tire da sua cabeça essa ilusão
A mulher que tem outros conceitos
Vira refém por ter dito o NÃO

Quase sempre é julgada
Aos olhos hipócritas da sociedade
Ora machista,ora feminista
Posiciona-se  armada, ferindo a pedradas

Parece doença aos olhos de alguns homens
Influência pedante
Caminho errante a se encontrar
Nem no time das casadas,nem no das solteiras
Diga então a ela, onde pode jogar

Não chore, não sofra, não comova
Erga o olhar e seja feliz
Por tudo o que você escolheu
Não temas por não ser a preferida
Ou você se deixava pensar protegida
Ou abria os braços para a sua vida

Oh audaciosa atitude
Na busca da nova mudança
Ruim como estava, não podia ficar
Coragem, retome a sua cor
Deixe- se enfeitar!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Meu Divã

Buscar a compreensão do que se anseia
Ao passo de que não basta hoje “querer”.
Corrompem-se as mazelas dos desejos
Arraigados a valores pré-estabelecidos
Ao longo do que me foi planejado
Reprimo...

Fazendo um balanço
Refiro-me exatamente a maneira como as coisas acontecem
De modo que nem sempre são conduzidas por mim
Via de regra
Nem tudo o que almejo depende de como vejo
Sentir a esmo,
Promover o prisma dos insights que acometem meus pensamentos

Essa sou eu:
Confusa? Não
Descrente?muito menos
Madura? Nem tanto
Ansiosa? Bem menos
Esperançosa? Ao extremo

Quero a fuga do bem querer
Esquecer o que já passou
Manter os pés no chão nesse dia de hoje
E o coração em encantos...batendo
 O amanhã? Incerto –inválido -imprevisível
Mas isso não importa
Para ele, nem o primeiro passo ainda
O qual só será dado
Quando eu me deitar e os olhos cerrar...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nomear...Como?

Estou em busca de uma definição
Que me fez voltar aos cadernos para revisão
Virei várias páginas...
As quais não me davam a informação

Após uma procura incontida
Em uma folha já amarelada
Em poucas linhas a sucinta definição:
Substantivo é tudo que nomeia as coisas em geral

Na dúvida,continuei....
Como nomear?
As músicas, os versos, as conversas, as confissões
Os sentimentos são coisas em geral?
Quero o nome de algo que não vi, nem senti igual

Palavras...Palavras...
Fogem-me todas  do vocabulário
Nomearei como essa Coisa Boa
Que faz de mim um ser contrário? 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Como sinto

Mergulho nas minhas esperanças
Depositadas ante ao meu ego
E a favor da minha emoção exacerbada
Que ama e consola
E nada exige em troca

Aprendizado doído...coração arredio
Que pede por zelo ...clama cuidados
O Amor é livre...
Para quem o vibra e para quem o recebe
Gratuito e sincero...nada cobra.
Rogo apenas sem murmúrios infantis:
Não equipare nossos sentimentos
Pois nessa balança, não há desequilíbrios
Mas sincera doação
Ora sou eu...ora você
Quem se permite a canção...