quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Manual da rejeição

Eu não sabia que tão cedo eu receberia
Um escrito com palavras tão doentes
Daquelas que responsabilizo a minha solidão
E que só o remédio do bem querer pode curar

Bem querer ... bem querer...
Quem me dera saber que tão cedo
Você me faria perder?

Eu não entendo metade do que me diz
Com o corpo, os olhos , a voz
Tudo é rouco e soa pouco
Tão longe...

Não posso ler...não quero nem mais olhar
Esse manual sem intenção
Que só me leva a pobre rejeição
De quem não se deixou  amar

Combinações em tom


Façamos uma letra pra nós dois
Eu escrevo um verso
Você o outro depois
As rimas depois se combinam
Assim como nós dois

O refrão deve acentuar o afeto
Esse que nos faz tão perto
Com palavras doces e ritmadas
Que cantam a nossa cantada

Dê-me a  letra que eu copio a caneta
Quanto à canção?
Não precisamos procurar não
As cifras estão demarcadas no coração
E ficarão belíssimas em seu violão.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Loucura poética

Age com o teu consciente
Pois quando o coração da vida se apossa
Você se perde
Você perde

O coração nos faz fugir do real
Segundo Hegel
A loucura é um simples desarranjo
E para mim ela descontextualiza o tudo

O louco sente a esmo
Se perde ao extremismo
Envolvido ao misto dos piores sentimentos
Não sabe se é culpado...
Pois não se faz ciente dos seus atos.


Não que eu busque a total sanidade das horas certas
Mas eu quero a loucura poética
Das musas que se percebem amadas
E que para alguém nesse mundo significa....

sábado, 25 de dezembro de 2010

Permissão

Eu só quero a permissão
Para invadir o teu coração
E te fazer feliz
Às várias maneiras

Quando a gente se deixa
Não há nenhuma queixa
É difícil vê-lo entristecido
Sem meios para persuadir

Abra a guarda meu moço
Deixa-me chegar
O que eu sinto, mesmo que não permita
Não adianta, não vai mudar

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ternura

Ternura
Sinta o melhor modo de conduzir as coisas
O olhar meigo que acalma
O beijo doce que envolve
A verdade que soa nos ouvidos
A construção de um novo abrigo.

Destrua as desventuras
Apossa-te de todo o bem querer
Face aos afagos enternecidos
Deixa-me fazê-lo apetecer.

Lamentações de um errante

Que mal fiz ao mundo
Quando reconheci o amor?
Sentimento tão intenso e contraditório
Que causa em mim a cruel dor

Você identifica
Que a vida toda não soube amar
Quando achou que fez a coisa certa
Cortaram-te as asas do sonhar

Ninguém sobrevive a tal sentimento
Nesse contexto ansioso
Em que a brevidade das coisas
Causa lamento
Tormento
Demonstrações opacas
Não há nada cá dentro!



Apenas querer

Eu quero o sono tranqüilo
Dos amantes depois de uma noite de amor
Eu quero a verdade no ouvido
O colo que cobre, dá segurança e calor

Eu quero o corpo que dá prazer
Eu quero a canção mais bonita
Daquelas escritas na cama
Enquanto você diz  me querer

Tudo que almejo
Bem de longe eu vejo
Desespera o peito
Não vai acontecer?

O iludido

Faça do desamor uma poesia
Um canto de dor nas insanas noites de boemia
O telefone não toca
Sua falta angustia

Não quer nada mais
Sem ela  tudo é tanto faz
Nada vale na noite
Nem no riscar do dia

Ignora o choro do homem
Que não se envergonha do que sente
Pois muito ama aquela dona
E quer em verso viver o sonho eloqüente...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tal qual

Em branco e sem pauta
Sem rasuras e rabiscos
Em branco
Assim é a folha...
Nova ...sem margem...plana
Exigente pede que se preencham
Palavras...cores...corações
Eu e você cheio de rascunhos amassados
E mal traçados
Contrastando o papel
Em branco
O que há em nós  tal qual a folha
Que está ali na escrivaninha
Aguardando que escrevamos a nossa história. 

Pena

É pena ter chegado depois
É pena ter começado antes
Eu sei o que você quer,
Posso o que você precisa
Mas não sou quem você incita

 Oh meu pesar!
Fui eu quem brincou de amar
Agora para o meu contentamento
Despedaço esse lastimável sentimento

 Não entendo as coisas do coração
Nem sei administrar o meu querer
O que sei e por ora compreendo
É que aturdido vou  morrendo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Apeteço

Por que não podemos viver de música e poesia?
Ler um conto, sonhar, vestir fantasia
Sem medo do desencontro ou da ilusão
Flertar à noite e encontrar a paixão


Roda de amigos...
Piadas..livros
Copo...vinho...
Corpo...carinho


Embebedar-se de boemia
Ah! Tudo o que eu queria!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O adeus

O verso mal terminado...
Não rima com a nova linha
Da doce poesia
Que eu hei de declamar
Quando aquela porta se fechar
E você for embora
Dizendo: não vou mais voltar

Proibido

Eu quero o que não me pertence
Eu quero o que não se deixa querer
A mão adulta acena com o dedo
O quanto o não me faz doer

Não mexa!
Não pegue!
Não é teu!
Ouvi isso quando criança
Quando tentava  assim transgredir   

Nada mudou...
A voz apenas não soa dos meus pais
Mas de bocas que castigam a minha paz
A voz soa
A voz condena
A voz assombra

Que seja proibido o meu desejo...
Transgrido...
Meus ouvidos se fecham a ordem do imperador
Quando criança eu era punida com castigos
E hoje com a falta do teu amor!

À Separada

Irônico pensar no casamento feliz para sempre
Tire da sua cabeça essa ilusão
A mulher que tem outros conceitos
Vira refém por ter dito o NÃO

Quase sempre é julgada
Aos olhos hipócritas da sociedade
Ora machista,ora feminista
Posiciona-se  armada, ferindo a pedradas

Parece doença aos olhos de alguns homens
Influência pedante
Caminho errante a se encontrar
Nem no time das casadas,nem no das solteiras
Diga então a ela, onde pode jogar

Não chore, não sofra, não comova
Erga o olhar e seja feliz
Por tudo o que você escolheu
Não temas por não ser a preferida
Ou você se deixava pensar protegida
Ou abria os braços para a sua vida

Oh audaciosa atitude
Na busca da nova mudança
Ruim como estava, não podia ficar
Coragem, retome a sua cor
Deixe- se enfeitar!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Meu Divã

Buscar a compreensão do que se anseia
Ao passo de que não basta hoje “querer”.
Corrompem-se as mazelas dos desejos
Arraigados a valores pré-estabelecidos
Ao longo do que me foi planejado
Reprimo...

Fazendo um balanço
Refiro-me exatamente a maneira como as coisas acontecem
De modo que nem sempre são conduzidas por mim
Via de regra
Nem tudo o que almejo depende de como vejo
Sentir a esmo,
Promover o prisma dos insights que acometem meus pensamentos

Essa sou eu:
Confusa? Não
Descrente?muito menos
Madura? Nem tanto
Ansiosa? Bem menos
Esperançosa? Ao extremo

Quero a fuga do bem querer
Esquecer o que já passou
Manter os pés no chão nesse dia de hoje
E o coração em encantos...batendo
 O amanhã? Incerto –inválido -imprevisível
Mas isso não importa
Para ele, nem o primeiro passo ainda
O qual só será dado
Quando eu me deitar e os olhos cerrar...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nomear...Como?

Estou em busca de uma definição
Que me fez voltar aos cadernos para revisão
Virei várias páginas...
As quais não me davam a informação

Após uma procura incontida
Em uma folha já amarelada
Em poucas linhas a sucinta definição:
Substantivo é tudo que nomeia as coisas em geral

Na dúvida,continuei....
Como nomear?
As músicas, os versos, as conversas, as confissões
Os sentimentos são coisas em geral?
Quero o nome de algo que não vi, nem senti igual

Palavras...Palavras...
Fogem-me todas  do vocabulário
Nomearei como essa Coisa Boa
Que faz de mim um ser contrário? 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Como sinto

Mergulho nas minhas esperanças
Depositadas ante ao meu ego
E a favor da minha emoção exacerbada
Que ama e consola
E nada exige em troca

Aprendizado doído...coração arredio
Que pede por zelo ...clama cuidados
O Amor é livre...
Para quem o vibra e para quem o recebe
Gratuito e sincero...nada cobra.
Rogo apenas sem murmúrios infantis:
Não equipare nossos sentimentos
Pois nessa balança, não há desequilíbrios
Mas sincera doação
Ora sou eu...ora você
Quem se permite a canção...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O antônimo no Amor de Cecília

Antonomicamente Cecília...
O Amor
É fácil para os decididos
É desafiador para os corajosos
É pouco para os desconfiados
Logo... na fria certeza, os perdedores no Amor são os fracos
Os que não sabem o que não querem e não querem nem o que tem
Sonhar um sonho sozinho
E desistir da busca de ser feliz...
O triste que me faz triste
 É que muitos o preferem assim!!!

domingo, 24 de outubro de 2010

Lágrimas

Seu semblante recolhido em lágrimas
Expressam a dor e o sofrimento
Representando a jornada da vida
Na qual há tristezas em alguns momentos...

Que a lágrima da sua dor
Termine ao amanhecer
Que a lágrima da sua dor
Apenas te ensine a crescer

Quero dividir a lágrima perdida
Enfrentar contigo ante a partida
Lagrimemo-nos na fria madrugada
A fim de que eu possa secá-las
Rumo a nova morada! 

sábado, 23 de outubro de 2010

Lua Cheia

Disco Lunar iluminado
Responda-me se daqui da Terra
A tua luz além de cobrir a noite
Pode o meu peito consolar?

É na tua chegada
Que as noites ficam mais belas
Deixa os corações descompassados
À luz dos olhos enamorados.

Fico em meio a essa contemplação
Que me põe a declamar:
Lua, há em suas fases muita canção
E quando assim está
Lembra-me que a solidão é triste
E com ela não posso ficar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Autorretrato : Mulher

No vago silencioso de onde me faço 
Interpelo-me apenas para meditar
Quem é essa mulher
Que desde a eloqüente infância se punha a cantar?

Nas brincadeiras infantis
Teimava em não aceitar
Não é porque sou uma menina
Que de mamãe nessa historinha
Outra vez vou brincar...

A metamorfose da borboleta
Descreveram fielmente a doce adolescência
Banhada por lágrimas de euforia
Com  gosto de poesia

 A cólica sempre tão incompreendida
Denunciavam  as oscilações de humor
Ora tão doce....tão meiga
Ora a mais brava...cinza sua cor

Guarda em seu coração uma poção de pueris sentimentos
Que às vezes denotam belas sensações
Às vezes a dor e o lamento
Seja qual for o sentimento
Doce é não remeter ao arrependimento.

Ao completar as linhas dessa poesia
Na incessante tentativa do autorretrato
 Cito os órgãos que impulsionam esse ser:
Útero que gera ,coração que ama
Etérea mulher não há o que temer!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Castelo de sonhos

Assim que a lua chegar e o dia  findar
Buscarei me aquecer em silêncio
Farei do meu ego um amigo
Farei do meu leito um abrigo

Quero trompetes para anunciar sua partida
Vou festejar..vou me enganar
Castelo de sonhos..um guia...faça figa
Você vai me notar?


Aqui um dia hei de te encontrar
Sapatinhos não me cabem...não adianta calçar

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sonho de criança

Que a luz da criança brilhe em nossos corações
No dia de hoje e em todos os outros...
Que a sua inocência
Faça-me compreender as atitudes menos felizes
Tanto as minhas, quanto a dos outros.
Que as suas perguntas
Acordem em mim as curiosidades das maravilhas da vida!
Que a sua verdade
Reflita em mim a necessária coragem de não mentir a ninguém,
Nem a mim mesmo...
Mesmo que esse esconderijo signifique menos sofrimento.
Que a sua alegria
Sirva-me de exemplo nos momentos de provação
E ainda nas horas mais corriqueiras, muitas vezes tão singelas à felicidade.
Que a sua brincadeira
Recorde-me os afazeres do meu trabalho
A fim de que eu possa executá-los não à luz do faz de conta,
Mas na graça da sua verdade.
Que meu sono, minha fome, meu frio, minha saúde, meus medos
Possam ser guardados pelo Divino Protetor.
E ainda nesses lampejos de desejo,
 Que essa criança que há em mim tenha sempre espaço
Para que meu amor seja livre
Meu abraço seja sincero
Meu sorriso eterno...
 

Meditação

Pouca luz exterior, musculatura livre
respiração trânquila
suave perfume da manhã
audição concentrada
pensamentos silenciosos

À sombra de mim
encontro apenas as respostas
às perguntas que ainda não fiz
Em dúvida prossigo
na busca do equilíbrio.

Canso-me das frases feitas
que em momentos acalmam.
Quero, espero...projeto
abro todo o espaço
a fim de me encontrar...
Namastê...Namastê

Despeço-me

Preciso chorar o fim
Desprender-me dessas amarras
Dar curso a essas àguas
Que eu juro: não são mágoas

Passou...tinha que passar
O sentimento que sobrou
Não completa...não faz falta
Só não é mais a pauta

O perdão chegou em meu coração
Mas a estrada ainda corre em obstáculos
Quero alguém que me segure a mão

Aceito o que me é necessário nessa viagem
Abro o meu coração...fico de braços estendidos
Instigo, crio, busco...meu abrigo...minha passagem

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cotidiano

Atravesso a rua e me deparo com as rotinas
Mais um dia em meio aos afazeres práxis
Será que eu executo as tarefas
Que eu realmente quis?

Envolvo-me da maneira mais sensata
Na qual a emoção me é fiel
E eu sei que apenas com ela, me posiciono
E ainda na qual a eficácia pouco importa

O expediente finda as minhas conveniências
Busco o sincero repouso laranjar
Que as vezes não dá conta de equilibrar
As dores...o pesar

É noite... e sei que quando busco
Degusto de momentos de extrema alegria
Nas doces tardes do meu dia
As águas, agora, escorrem pelo meu corpo
E no ralo encerram as primatas sensações.

sábado, 2 de outubro de 2010

Triste solidão

É amargo o gosto de estar sozinha
Não ter alguém para combinar
o cardápio do jantar
Alguém para agradar-te
em elogios
após você se arrumar.

É muito doloroso
ouvir a canção
cantando-a em pensamento
pois ouvir a própria voz
inibe o refrão
aumenta o tormento.

O barulho da chuva no telhado
não me sereniza
Na cama, de um lado para o outro
meu choro agoniza.

Ficam marcados nesses versos
a dor da solidão
escritos na fria madrugada
enquanto buscava aceitação.

Não sei

Hoje eu vivo a nostalgia

Na busca do amor ideal
Ao menos já sei
Que não existe a tal da metade
Ouvi dizer
Que precisamos estar inteiros
A fim de que alguém nos complemente.

Piegas ou contraditório
Não sei...não sei dizer
Como posso compreender
Ou externar o que sinto
Se tentam negar o doce extinto,
Travando o conflito?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Colecionador

A vida em sua infindável beleza
Dá-nos incríveis oportunidades colecionáveis...
Juntamos coisas ...amontoamos fatos...
Que remetem aos nossos sentimentos mais caros

Na rua
Colecionamos olhares, passos apressados
Audíveis que nos aceleram
Incompreendidos gestos
Pequenas e sutis gentilezas

Em casa
Colecionamos o conforto
A harmonia que abraça,
Um canto que nos entende
Um doce olhar que nos enfeite

No trabalho
Colecionamos a necessária convivência
Aprendemos a paciência
Aceitamos as diferenças
Doamo-nos às tarefas
Que nem sempre compensa

No amor
Colecionamos o bem estar
As músicas, as poesias, as companhias
As ilusões, as pequenas prisões
O amargor da solidão
A luz da nostalgia
A inquietação da fantasia
O doar-se por amor e alegria

E na vida
O colecionador a posto do que é,
Envolto ao que quer...
Não se propõe às meras exposições
Sua meta é continuar
A incessante busca
Haverá sempre algo a completar...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

justificando...

Posto aqui as coisas que escrevo do mais ínfimo de mim...Hoje eu li tudo...desde o primeiro dia que comecei a postar e a minha exigente avaliação corrige-me...afinal de contas...aqui não é o meu depósito de escritos...mas as minhas memoráveis reflexões acerca das descobertas que faço sobre o que sinto...sendo assim...pretendo me policiar mais no que tange aos objetivos...não que eu vá deixar de escrever...mas pretendo postar o que meu coração realmente se agradar....
desculpe-me o Mario Quintana...afinal de contas, de acordo com as suas colocações, quando queremos interpretar um poema...deixamos de tê-lo...mas ando lendo muita coisa boa...que está exigindo de mim bagagem teórica haja vista que a sentimental/emocional  está bem pesada! rs 

Medo incerto

Tenho medo de o seu medo te afastar de mim
É receio incessante
Que te faz às vezes distante
E às vezes aqui.

Eu gosto do que és por perto,
Refugiando os ardis anseios
Alimentando os calorosos desejos
Curando-nos a fria dor

Assusta-me o de repente da necessária despedida
Que me deixa em desatino na hora da partida
O coração em exílio: corre... sangra...grita...se agita
Apavora a sonhada alegria
Que, em incessante luta, não se abomina
Por assim,tão somente, te querer !

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

uma música que eu ainda nem ouvi...amei essa letra!!!!!

Artista: Vanessa Da Mata


Titulo da Música :

Meu Bem



Letra:



Eu sei meu bem

O que você faz pra mim, é só pro bem.

Sua face não me nega nada

Seus olhos vêem até minha alma.



O suspense quando você chega

Meus dentes rangem com toda sua beleza.

O meu amor não tem validade

Ele é forte e firme, e dura uma eternidade.



Nossos corpos se entrelaçam

Como o entrelaço dos dedos

Sua boca fumegante

Me deixa sem respirar por uns instantes.



O seu cheiro delicado

Quando você anda de lado e lado.

O seu cheiro fica grudado

Dentro dos meus pulmões



Deixa eu lhe abraçar bem forte

Ai você verá como sou forte

Não durmo, não sumo, disfarço que fumo.

Se você me contar uma historia, acho que durmo.



Separe as roupas que eu comprei

Anote os recados que eu te mandei

Compare as idéias, planeje viagens.

Eu vou sumir do mundo, com você na bagagem.

Entregue a deriva

Eu escrevo para aliviar a proporção do que vai aqui dentro
É pra desafogar o afogado
Meu barco está a deriva nesse mar de meu Deus
Na infinita busca do brilho dos olhos teus

Não percebeste ainda essa vã filosofia?
Eu te busco...
Eu me perco...
No exalar da maresia
Está entregue,
Por mais que eu me negue
E que você se envaideça
O farol? Esse nem mais me guia
E eu fico sem você mais um dia...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Doce insônia

Eu me remexo na cama em busca de paz
Meu corpo não encontra a calmaria,
Exigida para o descanso desse dia
A cabeça viaja distante...
Talvez o sono fosse importante...

Onde está o doce do seu gosto,
Além de aqui na minha boca,
Que tem sede de reviver esse gostoso prazer?
Aguçou instintivamente o paladar
Quero de novo ao teu lado
Mergulhar nesse pecado

Se o sono assim viesse
Esse desejo que aqui apetece
Ao menos adormeceria
E no surreal eu acordaria
Pra gente se perder...

sábado, 11 de setembro de 2010

Findam-se os versos

Não sinto mais segurança pra escrever
As palavras já não me completam
Os versos não se conectam
Ao que eu sinto,ao que eu quero

O teclado parece infinito
As letras não silabam o meu instinto
Não tenho dom para mensurar a emoção
Aos versos do meu coração

Pausa...findam-se as linhas
A fim de repensar a minha insegurança
No ato de escrever o que hoje me cansa!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amor "incom-respondido"

Eu te amo de uma maneira tão diferente
Que nem nas linhas desses versos
Minha criatividade será capaz de decifrar
Nem mesmo o meu olhar é capaz de revelar

Aceito a disciplina dessa emoção
Já entendi que não sou a sua canção
Não é um sofrer...mas eu tenho cada dia um maior querer
Impossível de aqui dentro conter

Minha respiração corre em fina sintonia
Minha voz emite a doce alegria
Há palpitações...desejos...vontades...
E incontrolável saudade...

Que a música que toca agora
Repare-me o semblante ao visualizar esse luar
E que eu possa torcer por você
Mesmo querendo muito te amar...

Meu castelo ruiu

Desde pequenina eu pensava em casamento
Ter filhos,amar, ser amada e ser feliz com um companheiro
Ter uma casa com quintal bem grande para poder brincar
E uma sala aconchegante para a família conversar

Cresci sem muitos modelos alegres
Mas tinha na minha cabeça um sonho a conquistar
Só não queria ser como a maioria das mulheres
Que enganava seus corações, deixando a vida as levar

Entreguei-me de coração, dedicando em uma relação
O que eu tinha de mais puro e sincero
De pensar que um dia juramos amor eterno.
Enredados em uma vida, que eu chamava de castelo

Perguntei-me por pouco tempo o que houvera
Afinal de contas, ninguém é o que se espera
Mas quem não contribuiu com o Amor
Construiu muralhas de dor

E que seja eterno enquanto dure
Nunca gostei desse pensamento
Que eu ouvi como consolo
Em momentos de tormento

Depois dos muros pintados com a cor da harmonia
Eu tenho esperança nos novos dias
Juntando o que sobrou...repensando quem eu sou
E pedindo mais amor para todas as famílias.
E que eu viva a alegria!

Philia

Acredito assim...sonho dessa eloqüente maneira

Na tradução do amor-viver

Amor-aprender

Amor-querer

Amor-adular

Amor-retribuir

Amor-você!!

Amizade???

O que eu tenho que aprender?
Eis a minha pergunta...
Eu sei...já prometi não mais questionar
A tal da malícia...não adianta...não consigo assim encarar...

Ninguém é igual a ninguém
Isso eu já entendi...
Ainda não aceito alguns conceitos...
Eu sei que nem todo mundo sabe direito...

Aceitar como são...
Não é o problema...
Mas se é amiga minha porque deseja o pouco que sou?
Aí está o meu dilema...

Talvez expressá-lo nem venha a valer a pena...
Como aceitar que não posso conversar com você
Dividir as minhas alegrias...
Por medo de infelizes energias...
Que eu não acredito que venham de você!




A simplicidade de escrever

Quem escreve muitas vezes se perde
Sente uma forte necessidade de escrever
E... escreve ... escreve sempre a verdade
Hipocrisia nos versos nem é maldade...

Veste-se de lirismos... cria...fomenta neologismos
Abre o coração, às vezes esmerilhado de emoção
um pouquinho de tristeza
que enriquece os versos de pureza
e ainda, pensa em compor canção!


Armadilha furada

Vou criar uma armadilha para esse meu jeito de olhar
Quando me faz acreditar que todos me querem bem
Vou tomar essa poção que vai me tirar a emoção
Vou ficar mais esperta!

Amigos... amigos ...amigos...
Todos se dizem assim
Vai...saia de perto de mim
Você não ri com a minha alegria
Gosta mesmo é da minha agonia...
Por bem ou por mal
Eu vou me cuidar melhor
Nessa armadilha criada
Vou ficar afiada...

Não vou me envenenar com o seu fingimento
Transparência eu tenho
E... por Deus!!! Eis o meu lamento...
Você perceberá sempre o meu tormento!!!

Ser Humana

Emotiva...descabida...prepotente...imponente
Alegria... boemia... sonhadora... encantadora
Eis que cito algumas características que personificam
A tal humana...

A mim já foi dito em coro
Por pessoas diferentes
O que me falta é malícia pra entender:
Na relação com outro ser, há sim a falsidade...
Faz-se preciso a artificialidade
E eu posso gostar de ver o outro sofrer...
É complicado aceitar
Ainda mais pensar... que a minha dor pode ser a sua paz...
No meu mundo dito por você “fantasioso”
Não entra isso não
Há razão e emoção... E com o tempo aceitação...

As pessoas que aqui chegam
Recebem o que eu acredito...
Amor, carinho, respeito...
Vem, chega mais perto que eu te aceito
É assim que eu sinto...

domingo, 5 de setembro de 2010

Possibilidade

O que pensar dessa vida em um mundo de possibilidades?
É possível que seja... Certeza, incerteza...busca da maturidade
Não há como impedir-me das novas chances
Quando uma já me foi dada...

Seria ver-te como algo transitório
Não considerando a beleza da sintonia.
É passível de erro a sua consideração,
Um devaneio do ego à razão

Não te proíbo de assim ver a realidade,
Que eu materializo em alegorias de contos de fada.
Que me trazem o gosto do impossível
Que me alimentam a alma, acendendo a chama do imprevisível

É assim... Impossível de se esconder
Nos versos escritos aqui, o meu querer
Só não me negues o impetuoso ritmo dessa verdade
Mesmo por não se considerar minha doce possibilidade!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Além das preliminares

No seu toque eu sinto as mais famigeradas fantasias

Umedeço-me e ligeiramente me prostro diante de ti

Ligeiramente com a boca mais próxima...

Ofegante... Aproveito o seu gosto

Com a  língua em incansável movimento...



Com o olhar... Peço-te que me dispas...

Com os dentes, arranque as peças menores...

Envolvendo-me com suas mãos

Que percorrem meu corpo que exala prazer



Em delírio nos enrolamos

Desencontrando as nossas próprias pernas

Que se perdem nas posturas mais sacanas

Na busca do êxtase total...

Os bicos dos meus seios denunciam minha intenção

Sua boca se entrega a eles

Indo com a  língua às mãos...



A respiração está ofegante...

E os gemidos confessam a nossa ebulição

Você goza...eu gozo...gozamos

Na  insaciável  atração...

Quebra cabeça das relações

Encontrei um jogo infindável e sem respostas
Sem manual instruindo como jogar
Não explica ainda, os passos pra se perder ou se ganhar
Dos adversários... Quem são eles?
Se não o meu próprio eu, conflitante a ansiar.

As peças vão se encaixando...
Conforme os anos, vou experienciando...
Na contribuição de cada um
O elo vai criando...

A amizade é um amor que nunca morre...
Assim li outro dia nos versos de um poeta brasileiro...
Paradoxal tentar definir sentimento de tal grandeza
Certamente seria anular a sua beleza

Por isso vou ficando aqui...
Refletindo a minha contribuição nessa relação
Tão intrínseca e fugaz

A meu ver, no fundo... No fundo...
Até cresci o suficiente...
Para compreender que nem sempre
A reciprocidade será o que se espera!

Segredo

Vou te amar bem quietinha
Pois tenho medo que se ausente...
Meu sentimento é tão puro...
Como ver no céu as estrelas cadentes...
Não me habituo às metáforas...
Na minha linguagem tão simples de dizer
No meu erro tão caro de rimar...
Estou registrando em versos
O que eu tento segredar...

Brigo comigo toda hora...
Só porque eu sinto
O que eu não posso falar...
Acho estranho... Às vezes triste
Tudo bem... Não vou revelar...
O que você já sabe...
E que nem se atreve a conversar!


Você, meu refrão


A gente foi se aproximando...
A química rolou...
Os corpos se encontraram...as bocas se beijaram...
Então...tudo mudou...


Compreendo como você vê...
Entendo o que você sente...
Não me sinto culpada...
Foi de repente...
De um coração tão ausente...
Hoje eu estou melhor como sou...


Quando você está por perto
É mais do que amigo...de certo
Como é essencial na canção,
Enfatiza a intenção,

Você, meu refrão...
Você, meu refrão
Não dá para segurar a paixão


Despertou meu repertório...
Não importa se eu choro...
No seu colo,o remédio
Sem rotina...anula o tédio


É você que eu tanto quero...
Não te tenho, mas te espero
Você, meu refrão
Você, meu refrão
Não te preocupes...estou vivendo
Mesmo sem teu coração.

Colorida espera

Foi tudo tão diferente
Um começo
De repente...
Eu me vi no seu olhar...
Senti seu cheiro a me guiar...
Fugi de mim...do que sentia...


Varri meus medos e minhas tolices...
Em seu peito repousei o meu pesar
Senti-me mais forte e voltei a sonhar...


Foi mais...
Muito mais...
O meu amigo que me coloriu...
Toda a dor partiu,
Voltei a pensar em mim
E em quem eu sou quando estás aqui...

E nessa espera  colorida
O vai-e-vem das ondas que não finda...
Anuncia mais um dia:
Amanhaceu... Amanheceu...

 E nesse céu azul, mais uma oportunidade...
Você e eu!






Escolhas

Todas as nossas escolhas têm um único objetivo...
Quando decidimos um novo passo
Só não queremos mais sofrer
Quem gosta de chorar?

A minha opção era buscar a paz
Da independência...
Da minha valorização de idéias e opiniões
Sem medo, dormir e acordar
Sem hora
Sem nada para explicar...

Aí veio o dito destino... tão complexo
Desnudou o meu coração,
Que desavergonhado e sem nexo
Apaixonou-se...

Não era a hora ainda...
Não foi escolha minha...
A razão pede que eu tenha cautela
Mas o coração ansioso exaspera...

E escolher... Deixou-me uma única direção
Conviver com essa triste solidão...
Logo me convenço:
Escolhas não rimam com o não!


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

RAZÃO X EMOÇÃO

Hoje eu presenciei uma luta interior

A Razão chegava bem cedo,
Com toda a presteza e zelo
Organizando os pensamentos
De quem ainda não sabe o que quer direito...
A Emoção chegou em seguida,
Correndo um tanto aflita...
Ansiosa por várias respostas
Às várias perguntas tortas.
Razão e Emoção se encararam por um instante...
A Razão,no seu ponto de equilíbrio,balançava a cabeça
Contrariada não entendia...
O que a Emoção tem na cabeça?
_Coração que fala mais alto_a Emoção respondia...
Que deseja o bem e só quer viver a alegria
Não entende o que é estar só ...
E como um pássaro sozinho na gaiola
Morre aos poucos, todos os dias...
A Razão quer ser ouvida...
Mas a Emoção não ouve...está fora de sintonia
O melhor é parar por aqui...
Jamais haverá equilíbrio entre as duas
A Razão sente a falta de um abrigo
Se abstém por falta de coragem
Enquanto a Emoção livre da vaidade...
Vai em busca de alçar vôos
Amando-te na realidade...


domingo, 22 de agosto de 2010

Há uma energia que nos edifica
Nos dá o norte. o caminho
Anuncia a esperança
Lembrando-nos de  que não estamos sozinhos.

Não há motivos para dor
Nossos problemas são poucos,
É só olhar pra trás
Muitos por aí os queriam ter...
Enxergue assim a Luz do Criador

Permita sentir essa energia
Que faz bem aos nossos dias.
As vezes,em menos brilho
ofuscada, a Deus pede abrigo.

Alegria,Alegria
Respire a luz que faz viver
A Fé é o único caminho
Convença-te
É preciso crer!!!

Canção do Amor-Ninar

A criança traz serenidade para toda e qualquer situação...

Hoje eu entendo quando meu pai dizia
Que os filhos, para os pais nunca crescem...
O olhar de confiabilidade e inocência
Ansiosos aos nossos protetores
Continuam o mesmo...
Com a doçura,encantamento, cuidado e proteção
E assim...
Ninarei,cantando, para todo o sempre...
do fundo do meu coração!

Nana... nana neném
Nana Miguel...
Dorme com os anjinhos
Amém...
Nenenzinho da mamãe
Sonha com os anjinhos...
Sonha...
Neném...
Miguel da mamãe...
Sonha...neném...
Miguel...


                           Ao meu amado filho, criança maravilhosa com quem aprendo todos os dias a viver e ser feliz!!!


Resenha em versos

Terminei um livro...


Exterminei seus ensinamentos...

Auto-ajuda metafórica que foge aos meus sentidos...

É contraditório considerar que só as mulheres ditas poderosas

São felizes no Amor...

É piegas a linha de reflexão em que os moldes comportamentais,

No meu ponto de vista “máscaras”

Fazem de você: a que conquista...

Eu me vejo além das receitinhas prontas...

Não sou boazinha... Nem sou santa...

Mas quando sinto... É verdadeiro...

Não é carência...

Não é anulação, muito menos submissão

Reprimir não é a solução...

Demonstrar o  sentimento é felicidade...

Se assim faz bem...

Que mal há em demonstrar a verdade?

A couraça do medo não te faz poderosa...

Engana-te os sonhos... Pune o desejo do querer

Exclui-te a magia...

Ter medo de sofrer é covardia...

Prefiro me encantar... Viver a intervenção da poesia...

Se o que sinto não faz mal...

É Coisa Boa...

É alegria!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Arrumação







Comecei de novo...
Resolvi arrumar a gaveta.
Jogar fora os papéis sem significado...
A caneta que não mais escrevera...
Aquele número de telefone de alguém de quem eu nem mais me lembrava...
Depois...
Gaveta organizada... Voltei a colocar as coisas que ainda teriam utilidade...
Não joguei fora aquele verso do saudoso Mario Quintana...
Ainda acredito nisso...
O interessante é que o poeta disse, não sei se assim exatamente...
Mas sugeria que cuidássemos bem do jardim
A fim de que as borboletas se aproximassem,
Mantendo assim a dignidade de quem não corre atrás...
É contraditório analisar tal comportamento...
Nossas arrumações têm finalidades
Que geralmente só criam significado a partir de outrem...
Logo,continuamos a esperar a partir de nossa ação,
A reação...
Depois dessa famigerada reflexão,
Vou fechar a gaveta...
Não tem outro jeito, tenho mesmo que esperar
Logo logo, ela estará em desordem de novo
E eu irei arrumar!


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Menos um dia difícil...

Sabe aquele dia em que decifrar já faz doer.


Tive a impressão de que a mão gigante me apertava o coração

As lágrimas se encontravam com a saliva cansada

Da boca que, em silêncio, orava em busca de conforto.



Não sou vítima... Assim bem sei...

Confundo muitas vezes o livre arbítrio e a lei da atração

Mas sei bem das conseqüências

Das minhas escolhas e assim as aceito sem protestar...



Por isso no final dessa noite,

Minutos antes de me deitar,

Acendi uma vela para o meu anjo da guarda

Em sinal da minha fé,

Na busca incansável de enfrentar,

De cabeça erguida, os desafios que ainda vier...